top of page

A Heliana Conde



Heliana, querida amiga, companheira, filha do Sol, Amiga de Fogo e de todos os lógos, rainha dos raios de Sol. Aquela que vem com os raios de Sol, como eu gosto de te chamar.


Soube, há pouco, que você foi levar suas madeixas para um passeio no astro-rei da nossa Via Láctea e abraçar Oyà.


O Sol fica longe, creio que você vai se demorar um pouco nessa viagem.


Confesso que talvez não consiga mais publicar na Mnemosine. É o que sinto agora, embora saiba que você tentará me convencer do contrário.


Também não sei se o teu canal de comunicação estará a funcionar para receber mensagens do nosso Botafogo, mas, prometo, como um Prometeu, enviá-las mesmo assim.


Sei que irei ao teu encontro, mas não exatamente agora.


Enquanto isso, por favor, manda uns raios de Sol, um beija-flor da cor do teu cabelo, com verve de arco-íris.


Aqui ainda está tudo meio esquisito, como diria Álvaro de Campos, "grandes são os desertos, e tudo é deserto".


Ah, se alguém me perguntar se tenho visto Heliana, direi, sem titubear: Heliana, sempre!


Até breve, companheira!


Beijos

do seu

Alexandre


Em tempo: hoje tive um insight... O trabalho de luto é uma espécie de trabalho de Sísifo. A pedra sempre rola, mas a gente sempre empurra...



Alexandre M. T. de Carvalho


Fotografia de Flaviano Quaresma


ESCRITOS
bottom of page