top of page
imagem dani curso.png

objeto a
a voz, o olhar

“Como se dá essa transformação do objeto que, de um objeto situável, reconhecível e intercambiável, cria essa espécie de objeto privado e incomunicável, mas dominante [...]. Onde se situa, exatamente, o momento dessa muda, dessa transformação, dessa revelação? [...] O objeto a, [...] se ele se inscreve no âmbito de um Seminário que intitulei de “a angústia”, é por ser essencialmente por esse meio que se pode falar dele, o que também quer dizer que a angústia é sua única tradução subjetiva. [...] Esse objeto, nós o designamos por uma letra. Tal notação algébrica tem sua função. Ela é como um fio destinado a nos permitir reconhecer a identidade do objeto nas diversas incidências em que ele nos aparece”.

Jacque Lacan

Com Lacan (1962-1963), o estatuto do corpo ganha um acréscimo a partir do momento em que o autor atribui ao objeto “a” a função de ser um objeto cedível, ou seja, objeto escolhido por sua qualidade de ser originalmente um objeto solto, um pedaço separável do corpo. Distinto do significante ou do significado – não à toa grafado somente pela letra “a” – sua função permite a Lacan acrescentar o escópico e o vocal à sua lista de “objetos separáveis” do corpo – o objeto olhar e o objeto voz também como formas do objeto “a” –, dado que não são determinados a nível da interdição, mas sim pelo corte, pela separação. Isso significa dizer que a esse objeto cedível como pedaço destacado e destacável do corpo Lacan vai associar a angústia, o real e a função do resto: resto do gozo inicialmente perdido, o que coloca em jogo também a questão da repetição.

 

Encontros pelo meet, entre 20h e 22h:

11/Set: o objeto a, uma peça avulsa

18/Set: o objeto (h)à voz

25/Set: o objeto a (não) olhar

Os encontros serão gravados e disponibilizados aos cursistas. Certificado de conclusão do curso para participantes de ao menos 75% dos encontros síncronos.

Profa. Dra. Danielle Curi

Psicóloga, psicanalista, doutora em Estudos psicanalíticos (UFMG), professora do curso de Especialização em Psicanálise (Puc Minas).

Inscrições

curso Objeto a: a voz, o olhar

Selecione:

Cursos ofertados no segundo semestre de 2024:

curso educação 3.png
curso lívia 4.png
curso coruja.png
Clínica psicanalítica

A clínica psicanalítica na era do Outro que não existe

Com Lacan, a psicanálise atravessa o campo do grande Outro e a linguagem não se restringe à comunicação. Se uma análise é feita de fala, pela fala o autor nos fará ver que o ser é aquilo que na linguagem mais escapa, um traço onde se lê um efeito de linguagem, porém, uma leitura outra que não o que ela significa. É a título de lapso que devemos ler. O Unbewusst freudiano como o une-bévue lacaniamo. Do inconsciente ao equívoco, do sintoma ao sinthoma, da interpretação à leitura, a relação contingencial de cada um com lalíngua. Pois, se o real foi posteriormente formulado por Lacan como o que se “deposita pela exclusão de sentido”, é na medida mesmo em que o real é esvaziado de sentido que podemos apreendê-lo.

Professora Danielle Curi: psicóloga e psicanalista, doutora em Estudos Psicanalíticos pela UFMG, professora do curso de Especialização em Saúde Mental do IEC/PUC Minas e membro do conselho editorial da Círculo de Giz.

Educação e vida política

Educação e vida política

Introduzindo temas essenciais da sociologia da educação, o curso irá trabalhar autores e conceitos que instigam reflexões críticas sobre os modos de produzir corpos e subjetividades na periferia do capitalismo, particularmente no Brasil.

Os encontros síncronos acontecerão pelo google meet, sempre às 20h:

03/09: Educação, reforma política e sociedade 

10/09: Vida política e cidadania, entre a disciplina e o controle

17/09: Educação, neoliberalismo e hegemonia

01/10: Corpos insurgentes e rupturas possíveis

As plantas sentem

As plantas sentem:
estudos de autorretrato e botânica

 A antotipia é um processo de revelação alternativo, de caráter pictórico, entre a pintura e a fotografia. É um processo fotográfico histórico, que faz uso da extração de sumos de plantas e frutos para a obtenção de material fotossensível para a construção das fotografias. Como se trata de um processo histórico, ele emerge em meio ao próprio processo de descoberta da fotografia. No decorrer o curso, os participantes serão convidados a desenvolver exercícios de antotipia, fitotipia e cianotipia tendo como horizonte os seguintes questionamentos: como escrever a si, em um retrato fotográfico que utiliza a natureza como suporte? Quais as outras formas de entendimento de si, para além dos selfs em dispositivos móveis? Em que medida podemos ensinar fotografia e escrita, por meio de uma sensibilização com as plantas?

curso coruja.png

Arte latino-americana:
por uma crítica da violência

Ao introduzir artistas e obras representativos da arte latino-americana moderna e contemporânea, o curso enfocará as relações entre estética e política, com atravessamentos que, desde fins do século XIX até o presente, colocam em questão as violências, os levantes e as resistências que sobredeterminam, em vários momentos, a construção de uma plástica local. 

Na chave de uma leitura da arte como "crítica do poder como violência", fazem parte do programa do curso artistas e proposições estética como os Muralismos de Orozco e Rivera, o surrealismo de Frida, o modernismo cubano de Wifredo Lam, o Nuevo Realismo de Berni, o Universalismo Construtivo de Torres-García, o"arte destrutivo" de Kemble, o Manifesto Dito-Vivo de Greco, o lirismo antipop da Otra Figuración argentina e o Tucumán Arde.

Cursos ofertados anteriormente:

Rio de Janeiro, RJ             contato@circulodegiz.org            ISSN 2675-9020   /  2446-757X            ©2025 por Círculo de Giz

bottom of page