
A clínica psicanalítica na era do Outro que não existe
Com Lacan, a psicanálise atravessa o campo do grande Outro e a linguagem não se restringe à comunicação. Se uma análise é feita de fala, pela fala o autor nos fará ver que o ser é aquilo que na linguagem mais escapa, um traço onde se lê um efeito de linguagem, porém, uma leitura outra que não o que ela significa. É a título de lapso que devemos ler. O Unbewusst freudiano como o une-bévue lacaniamo. Do inconsciente ao equívoco, do sintoma ao sinthoma, da interpretação à leitura, a relação contingencial de cada um com lalíngua. Pois, se o real foi posteriormente formulado por Lacan como o que se “deposita pela exclusão de sentido”, é na medida mesmo em que o real é esvaziado de sentido que podemos apreendê-lo.
Professora Danielle Curi: psicóloga e psicanalista, doutora em Estudos Psicanalíticos pela UFMG, professora do curso de Especialização em Saúde Mental do IEC/PUC Minas e membro do conselho editorial da Círculo de Giz.

Educação e vida política
Introduzindo temas essenciais da sociologia da educação, o curso irá trabalhar autores e conceitos que instigam reflexões críticas sobre os modos de produzir corpos e subjetividades na periferia do capitalismo, particularmente no Brasil.
Os encontros síncronos acontecerão pelo google meet, sempre às 20h:
03/09: Educação, reforma política e sociedade
10/09: Vida política e cidadania, entre a disciplina e o controle
17/09: Educação, neoliberalismo e hegemonia
01/10: Corpos insurgentes e rupturas possíveis

As plantas sentem:
estudos de autorretrato e botânica
A antotipia é um processo de revelação alternativo, de caráter pictórico, entre a pintura e a fotografia. É um processo fotográfico histórico, que faz uso da extração de sumos de plantas e frutos para a obtenção de material fotossensível para a construção das fotografias. Como se trata de um processo histórico, ele emerge em meio ao próprio processo de descoberta da fotografia. No decorrer o curso, os participantes serão convidados a desenvolver exercícios de antotipia, fitotipia e cianotipia tendo como horizonte os seguintes questionamentos: como escrever a si, em um retrato fotográfico que utiliza a natureza como suporte? Quais as outras formas de entendimento de si, para além dos selfs em dispositivos móveis? Em que medida podemos ensinar fotografia e escrita, por meio de uma sensibilização com as plantas?

Arte latino-americana:
por uma crítica da violência
Ao introduzir artistas e obras representativos da arte latino-americana moderna e contemporânea, o curso enfocará as relações entre estética e política, com atravessamentos que, desde fins do século XIX até o presente, colocam em questão as violências, os levantes e as resistências que sobredeterminam, em vários momentos, a construção de uma plástica local.
Na chave de uma leitura da arte como "crítica do poder como violência", fazem parte do programa do curso artistas e proposições estética como os Muralismos de Orozco e Rivera, o surrealismo de Frida, o modernismo cubano de Wifredo Lam, o Nuevo Realismo de Berni, o Universalismo Construtivo de Torres-García, o"arte destrutivo" de Kemble, o Manifesto Dito-Vivo de Greco, o lirismo antipop da Otra Figuración argentina e o Tucumán Arde.
Cursos ofertados anteriormente: