CÍRCULO DE GIZ REVISTA MULTIDISCIPLINAR DE ARTES E HUMANIDADES ISSN 2696-9020
CÍRCULO DE GIZ REVISTA MULTIDISCIPLINAR DE ARTES E HUMANIDADES ISSN 2696-9020
CÍRCULO DE GIZ REVISTA MULTIDISCIPLINAR DE ARTES E HUMANIDADES ISSN 2696-9020

NARCISISMO
e MAL-ESTAR
UM PERCURSO FREUDIANO
Encontros síncronos gravados
08/05, 22/05, 05/06 e 19/06
O curso tem objetivo de investigar a noção de narcisismo das pequenas diferenças, percorrendo os livros Introdução ao Narcisismo, Psicologia das Massas e Análise do Eu e Mal-estar na Cultura, de Sigmund Freud, como disparador de reflexões sobre as formas de viver e de sofrer no neoliberalismo.
Os encontros acontecerão pelo meet, quinzenalmente às segundas-feiras, a partir do dia 08 de maio. Os encontros serão gravados e disponibilizados por tempo indeterminado aos participantes, que contarão com um ambiente virtual e um grupo de WhatsApp para interações durante o curso.
As inscrições podem ser feitas através do formulário ou diretamente pelo WhastApp.
Valor R$ 180
Alun@s de graduação ou pós-graduação: R$ 120
Cursistas e ex cursistas da Círculo de Giz: R$ 150
Para descontos em produtos da loja e/ou outras condições, nos contate pelo WhatsApp.
Professores:
Diogo C. Nunes _ historiador, doutor e mestre em Psicologia Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Assessor pedagógico da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), editor da Círculo de Giz.
Marcelo Fonseca _ artista visual, mestre em Letras e doutor em Artes pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Foi professor das universidades Cândido Mendes, Gama Filho, Santa Úrsula, Augusto Motta, dentre outras. Editor da Círculo de Giz.
Cursos em andamento no primeiro semestre de 2023
O avesso da
psicanálise
Onde a Utopia?
Espaço e tempo, afeto e imaginação política
Fotografia
& Literatura
Escritas e gestos fotográficos no Brasil
Onde a utopia?
Tempo e espaço, afeto e imaginação política
Desde o século XVI, o termo "utopia" ocupa lugar privilegiado na imaginação política ocidental. Lugar ideal, paraíso terrestre, lugar inexistente, realidade impossível, lugar para onde ruma a civilização, o espaço/tempo utópico produziu e produz efeitos decisivos nos discursos e nas ações que visam "um mundo melhor". Da literatura de ficção à ficção científica nos streamings, do messianismo revolucionário aos pesadelos distópicos contemporâneos, a utopia introduz uma série de interrogações políticas, epistemológicas, estéticas e existenciais nas nossas vidas. O objetivo do curso Onde a utopia? é percorrer e provocar algumas dessas interrogações, privilegiando as relações entre espacialidade, temporalidade, afetividade, imaginação e narratividade.
1o encontro: Onde? - a utopia é sempre uma ilha?
No primeiro encontro, partiremos da afirmação de Ernst Bloch de que "Desde Morus, a utopia é sempre uma ilha" para perguntar pela sua topologia. Uma topologia imaginária, ficcional, literária? Afinal, a ficção é menos real que o fato? Ou um objeto ficcional pode ser, ele próprio, uma realidade factual? Buscaremos fazer um panorama sobre a literatura utópica no "alvorecer" da modernidade para perguntar, finalmente, se haveria modernidade (esse projeto utópico) sem a utopia.
2o encontro: Quando? - a modernidade é uma utopia?
Dando sequência à interrogação sobre a importância da imaginação utópica para a (e na) modernidade, o segundo encontro buscará perguntar sobre uma temporalidade moderna, particularmente em relação às ideias de progresso e de revolução. Dos iluministas a Freud, com parada em Marx, expectativas e crises das representações utópicas em relação às ideias de desenvolvimento, futuro e emancipação serão interrogadas à luz (ou à sombra) de determinadas concepções (capitalistas?) de tempo e de história.
3o e 4o encontros: Como? Por que? - a utopia é possível?
"Sejamos realistas, demandemos o impossível", lia-se em um muro de Paris em 1968. Após Auschwitz e após 68, entramos numa "cultura do (a)pós"? Pós-moderno, pós-URSS: pós utópico? Pós-estruturalistas propuseram "heterotopias" em vez de utopias. Na sociedade do "agora, pra ontem", com suas mercadorias que presentificam o futuro ("o futuro é agora"; "viva como se não houvesse amanhã"), o tempo foi pro espaço? Aquele grafite num muro de Paris parece ter antecipado nosso presente: no mundo da "pós-verdade", não sabemos discernir o que é real do que é fantasia, o que é fato do que é fake news? Perdemos, com tudo isso, o futuro como lugar (do) "possível" e instituímos um presente em que nada é impossível?
Encontros síncronos gravados.
Dias 15/03 29/03 12/04 26/04 às 19h.
Valor: R$ 100 (descontos e condições especiais para ex cursistas e para inscritos em outros cursos da Círculo de Giz).

Diogo Cesar Nunes
Historiador. Doutor e mestre em Psicologia Social, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com tese e dissertação sobre o tema das utopias. Assessor pedagógico da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca - ENSP/Fiocruz. Algumas publicações sobre o tema: A utopia como consciência subversiva (2011), O futuro como história: utopia e ficção científica (2011), (Im) possível experiência: Literatura e alteridade, teoria crítica e ficção científica (2013), Tempo e eternidade: o efêmero, o utópico, o trágico (2015), No exílio entre o desejo e o sonho (2018).
Fotografia & literatura
Escritas e gestos fotográficos no Brasil
O que acontece quando a fotografia e a literatura se encontram? A fotografia é prova de algo? Ou uma forma de criar ficções? Qual o uso que a literatura brasileira faz da fotografia? Como os artistas visuais utilizam a imagem para criar uma “escrita fotográfica”? Partindo desses questionamentos, vamos investigar os conceitos de “literatura fora de si” e “escritas fotográficas”, de Natália Brizuela. Observaremos também quais as transformações que ocorrem nas séries fotográficas que utilizam escritas em álbuns de família, desenhos, escritas intimas e contos como uma forma de ampliar a noção de fotografia.
No curso teórico-prático, apresento, discuto e trabalho com os participantes como as fronteira entre a literatura e a fotografia foi borrada por escritores e fotógrafos. Na parte teórica do curso, ofereço ao participante um panorama das obras literárias que passam a utilizar a fotografia como uma nova forma de escrita, afastando a fotografia de uma imagem ligada a um referente no “real” e aproximando a fotografia da escrita ficcional. Além disso, analiso a poética de artistas que utilizam a palavra como um gesto da memória, ou para refazer trajetos coletivos e individuais por meio da auto ficção. A parte prática se concentra na produção de exercícios temáticos, partindo dos temas de cada aula. Ao fim do curso, cada aluno terá direito a uma mentoria individual para desenvolver uma pequena série.
1o encontro: Enquadrar na página livro?
A primeira aula versará sobre a literatura brasileira, aproximando a fotografia da literatura e discutindo como essa aproximação descortinou novas poéticas fotográficas. Nesta aula, trabalharemos obras literárias que usam a fotografia, tanto como linguagem (fotografia narrada), quanto na forma de um métier do fotografo. Neste segundo momento será trabalhado o conceito de Literatura de Natália Brizuela, de modo a relacionar a cianotipia com essa perspectiva.
Parte prática: Construir uma foto/memória.
2o encontro: A distância é uma pausa
Na segunda aula, o objeto de trabalho serão as poéticas de artistas que utilizam vestígios de escritas nos álbuns de família. Serão debatidas as formas de apropriação de arquivos familiares operadas pelos artistas: Lívia Aquino, Erick Peres, Fernando Maia da Cunha, Clara de Capua e Eder Ribeiro, dando ênfase ao conceito de autoficção e memória. A ideia é compreender a imagem fotográfica também como um gesto da escrita familiar.
Parte prática: Construir uma escrita fotográfica com o verso das imagens.
3o encontro: Atravessar as dores
Na terceira aula, o foco recairá sobre artistas que usam contos, cartas, diários, registros escolares e crônicas de literatos para compor a sua narrativa de combate ao racismo, machismo, precarização escolar e homofobia, tendo como foco de analise as obras das artistas Safira Moreira, Marilia Oliveira, Natália Araújo, Malu Teodoro, Priscila Burh e José Lucas.
Parte prática: Escrita como um grito.
4o encontro: Atravessar as dores
A última parte se concentrará nas artistas que utilizam o desenho aliado a palavra, para tratar de imagens fotográficas, ou da materialidade da câmera fotográfica como um rastro de memória, partindo das obras de Keyla Sobral, Camila Fontenele e Júlia Machado.
Parte prática: Construir uma pequena série com arquivos familiares.
Para quem é este curso? Interessados em literatura e fotografia Interessados em suportes e propostas expositivas Interessados em produzir séries fotográficas Interessados em escritas. Faixa etária: limite mínimo de 14 anos, sem limite máximo.
Materiais: Fotografias, álbuns de família, cadernos, cartas, diários, objetos pessoais (os quais você possua uma memória afetiva), celular ou câmeras fotográficas, lápis e caderno.
Encontros síncronos gravados.
Dias 21/03 04/04 18/04 02/05 às 19h.
Valor: R$ 100 (descontos e condições especiais para ex cursistas e para inscritos em outros cursos da Círculo de Giz).

Li Vasc.
Artista visual e Mestre em Literatura e Interculturalidade pelo PPGLI (UEPB). Considera que toda palavra é imagem. Passou a captá-las das ruas, criando uma espécie de letreiro/poema. Para a artista, toda obra inicia na palavra, nos rascunhos e nos gestos, mas é na fotografia onde investiga um espaço artesanal de criação. Atualmente utiliza as raízes das plantas que curam abortos e inflamações vaginais como metáfora de cura para as mulheres que vivem em relacionamentos abusivos. Como deriva dessas experimentações, produz garrafadas com raízes e cascas, cujos rótulos recebem poemas oriundos dos relatos das violências de gêneros e abusos sofridos pelas mulheres da sua história de vida. As técnicas fotográficas que tem como base o uso da botânica a exemplo da cianotipia (impressão de ferrocianeto com a luz do sol na cor azul) e fitotipia (impressão fotográfica diretamente na folha das plantas por processo de desbotamento da clorofila e luz solar), convergem com o tema caro da artista, o uso das plantas medicinais como uma forma de curar o passado.
Cursos ofertados em 2021








Cursos ofertados em 2020


