Revista Círculo de Giz Número 4
A imagem escolhida para a capa deste número da revista, Convocatoria a la barbarie, de 1961, pretende chamar, a um tempo, à entrevista com “Yuyo” Noé e à própria revista, como um todo. Um chamado à barbárie – que não foi vencida, em 2022, pela civilização; que não é mera oposição antitética à cultura; que não é predicado “deles”, daqueles outros do lado de lá. Se, ainda hoje, estamos às voltas com aquela pergunta desconcertante de Adorno – como e por que a poesia depois da Shoá –, sem qualquer esboço de resposta satisfatória, talvez seja porque o “hoje” é, insistentemente, “ainda”: ainda sob a sombra do nazismo, “ainda não” o mundo em que o humano troca amor somente por amor.
Sumário
Notas sobre a nuvem de gafanhotos de escritas: informação, história e poder (Leopoldo Guilherme Pio)
A massificação da desinformação e a precarização da consciência social: fake news, pós-verdade e a política dos afetos (Sergio Luiz Pereira da Silva)
O sol de cada dia no simulacro midiático (Fábio Mário Iorio)
Walter Benjamin e a história do tempo presente (Josias José Freire Jr.)
Frantz Fanon e a violência da descolonização (Marcelo Fonseca)
Encruzilhadas, pontes e percalços: acerca do ensino de Psicologia Médica para estudantes de Medicina com base no referencial teórico psicanalítico crítico (Alexandre M. T. de Carvalho)
Clínica psicanalítica e a saúde mental (Yuri Joaquim de Carvalho e Edimilson Duarte de Lima)
Processo de criação, pandemia e vaga-lumes (Camila Fersi)
Todos calam. Berna Reale.(Elisabeth Bittencourt)
O caos como estrutura: entrevista com Luis Felipe Noé (Júnior Coruja, Juliana Cunha e Luiza Mader Paladino)
XIV (Danilo Almeida)
Seis poemas (Luís Guedes)






